Prólogo

O ATOR E AS CIDADES

O homem está na cidade
como uma coisa está em outra
e a cidade está no homem
que está em outra cidade

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A arte do ator é feita de chegadas e partidas, a cada cidade uma nova experiência, em cada uma ele deixa um pouco de si e leva um pouco de tudo: rostos, risos, lágrimas, histórias, vivências, sensações. O trânsito, a mobilidade é a pátria do despatriado ator, vagar entre culturas, costumes e tempos diferentes é sua sina e paixão, pois ele se compõe e recompõe de cada momento. Tolo é aquele que pensa que a arte morre, tem seu lugar determinado por marcas geográficas, por cronologias... a arte foge de todo e qualquer enquadramento, não cabe no mapa, pois é cigana, não (re)conhece fronteiras, ela se constitui a partir do trânsito, do vagabundear do ator, seu veículo. Em sua carne e expressões ela ganha corpo e reflete os rostos de todos os homens de todos os tempos, arguta e criativa, ela mimetiza o mundo e esse seu habitante conturbado, o Homem e é adsorvida por ele.

A 24ª Semana Luiz Antônio traz a criativa itinerância que brota da releitura de grandes clássicos, de personagens que vagaram pelo mundo e foram incorporando os novos tempos, as novas cidades e estéticas. Em seus corações pulsam as lembranças da origem, mas em suas vestes o novo, o arrojado trânsito por locais insondáveis. E como diz o poeta:


a cidade está no homem
quase como a árvore voa
no pássaro que a deixa.

Ferreira Gullar



Evoé! e muita Lu(i)z...



Flávia Marquetti



terça-feira, 21 de junho de 2011

Café de Investigação 01: Mônica Nador

Mesa Redonda: Teatro Musical Brasileiro
Eduardo Montagnari, Neyde Veneziano, Luiz Antônio Amaral


                                                                               Fotos: Lívia Cabrera

4 comentários:

  1. Gostei muito da Mesa Redonda de hoje. A Neyde nos passou informações muito interessantes e com certeza a ouviríamos por muito mais tempo se fosse possível. Bacana. Muito legal conhecer um pouco da história do teatro de revista e teatro musical brasileiro e sobre as convenções.
    E o Café de Investigação teve coisas deliciosas: o bolo de limão e o pão de queijo, o café. Uma beleza. O trabalho da artista é muito bonito, bem interessante, e atraente. Pena que a artista/pessoa/arrogante estragou.

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  2. O pão de queijo estava realmente muito bom.
    Quanto à Monica, seu trabalho é interessante, embora eu acredite que é necessário muito mais do que transformar a estética do lugar para causar uma real transformação na vida das pessoas. De repente, a visão de mudar a vida das pessoas daquelas comunidades estivesse embutida, mas arrôgancia da artista me causa desinteresse em saber mais sobre o projeto.
    Quanto à mesa redonda, tive uma visão totalmente contrária à do café de investigação. A Neyde, o Eduardo e o Luiz Antonio, nos passaram informações tão instigantes e nos deixaram tão a vontade que, como disse o Zé Guilherme em seu comentário, nós os ouviríamos realmente por muito mais tempo se fosse possível. A maneira como os assuntos foram abordados me causaram grande interesse em estudá-los um pouco mais a fundo.

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  3. Flávia R. marquetti21 de junho de 2011 às 12:37

    Pessoal do Blog,
    posto aqui um comentário pessoal, pois não sendo a palestra da Neyde Veneziano uma peça, não me cabe comentar no blog como moderadora, mas aqui posso ser tiete e dizer que a Neyde é em si um ESPETÁCULO, todas as vezes que vi falar sempre foi essa delícia, descontração (e olha que ontem ela ficou sentadinha e comportada) e com muita qualidade na informação. O Luciano me havia perguntado esses dias quais eram as propostas da APAU de ARARA, uma delas era isso, que tivéssemos formação (continuada, oficinas ou workshop)para os atores e artistas da cidade, pena que poucos hoje se interessam por essa conquista tão importante.
    Valeu Neyde, você sempre é Maravilhosa.

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  4. Aquela mesa redonda foi muito soda.

    Agora, aquele café... realmente! Só a comida foi boa. Concordo com todos vocês.

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