Prólogo
O ATOR E AS CIDADES
como uma coisa está em outra
e a cidade está no homem
que está em outra cidade
.....................................
A arte do ator é feita de chegadas e partidas, a cada cidade uma nova experiência, em cada uma ele deixa um pouco de si e leva um pouco de tudo: rostos, risos, lágrimas, histórias, vivências, sensações. O trânsito, a mobilidade é a pátria do despatriado ator, vagar entre culturas, costumes e tempos diferentes é sua sina e paixão, pois ele se compõe e recompõe de cada momento. Tolo é aquele que pensa que a arte morre, tem seu lugar determinado por marcas geográficas, por cronologias... a arte foge de todo e qualquer enquadramento, não cabe no mapa, pois é cigana, não (re)conhece fronteiras, ela se constitui a partir do trânsito, do vagabundear do ator, seu veículo. Em sua carne e expressões ela ganha corpo e reflete os rostos de todos os homens de todos os tempos, arguta e criativa, ela mimetiza o mundo e esse seu habitante conturbado, o Homem e é adsorvida por ele.
A 24ª Semana Luiz Antônio traz a criativa itinerância que brota da releitura de grandes clássicos, de personagens que vagaram pelo mundo e foram incorporando os novos tempos, as novas cidades e estéticas. Em seus corações pulsam as lembranças da origem, mas em suas vestes o novo, o arrojado trânsito por locais insondáveis. E como diz o poeta:
a cidade está no homem
quase como a árvore voa
no pássaro que a deixa.
Ferreira Gullar
Evoé! e muita Lu(i)z...
Flávia Marquetti
sábado, 23 de junho de 2012
FUNK-SE ORPHEU
FLUXO BAMBUSOIDEAE
PENÉLOPE
sexta-feira, 22 de junho de 2012
GATO COM PATA DE CACHORRO
AS ESTRELAS DO ORINOCO
CAFÉS E SIMPATIA
quarta-feira, 20 de junho de 2012
TALAGADA rsrsrsrsrs
Alma
SOBRE_VOO
terça-feira, 19 de junho de 2012
Tour
segunda-feira, 18 de junho de 2012
...OLHEM OUTRA VEZ
Versatilidade
domingo, 17 de junho de 2012
E DO PRANTO FEZ-SE O RISO ...
O Grupo Pombas Urbanas mostrou na quadra da Casa da Cultura um teatro engajado, não com políticas partidárias, mas com o povo. De maneira irreverente e divertida, misturando músicas populares, arte circense e teatro de rua, o grupo transformou histórias tristes do nosso cotidiano em um espetáculo alegre e despojado.
Este ouvido atento para as angústias do povo contribui para uma arte crítica, estruturada em uma linguagem simples, mas não desprovida de encanto. Ao escolher essa proposta cênica, o grupo reafirma a consciência de seu fazer artístico, de sua arte: atingir não só o público intelectual, mas também aqueles cujas histórias estão sendo ali representadas; honrando um dos princípios mais importantes da Arte, transformar o homem, torná-lo cônscio de suas relações com os outros homens e com o mundo, simultaneamente, levando-o à reflexão e ao divertimento. Convertendo a dor em riso e, sobretudo, em ponderação, o Grupo Pombas Urbanas apresentou um espetáculo simplesmente grande.